Coração dita o ritmo e quando ele se altera o corpo sente. As doenças do coração, que comprometem seu bom funcionamento, são as principais causas de mortes no mundo todo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 18 milhões de vítimas por ano. Deste total, 85% são consequentes de infartos do miocárdio e de acidentes vasculares cerebrais (AVC).
No Brasil, segundo o Cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, do início de 2020 até o mês de novembro, foram registradas mais de 319 mil mortes por doenças cardiovasculares. O músculo que bombeia sangue por todo corpo sente o impacto da vida moderna e da velocidade que ela impõe. Velocidade muitas vezes não compatível com o ritmo saudável e confortável ao coração.
Assim, cuidar do coração é cuidar ao mesmo tempo de todos os outros órgãos, já que para cada coração que bombeia existem mais de 10 órgãos que se nutrem e se fortalecem dele. Então, fique atento, conheça as principais doenças cardiovasculares e proteja seu bem maior.
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O Acidente Vascular Cerebral está entre as doenças do coração que mais faz vítimas fatais. Ele acontece por conta do acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos cerebrais que podem levar ao entupimento de um desses vasos.
Os sintomas do AVC são, geralmente, tontura, dor de cabeça e paralisia de braço, perna e face. Dependendo do tamanho da lesão, o paciente pode ter também os processos neurológicos e a fala comprometidos.
Em casos de AVC, o socorro imediato é fundamental para reduzir as sequelas e óbito.
Angina
Trata-se de uma forte dor no peito sempre que o coração é exigido demais, como em casos de esforços físicos e emoções fortes. A angina é considerada uma doença, mas pode ser também um sintoma que indica outros males mais graves relacionados ao coração.
A angina pode ser estável, nos casos em que cessa logo rapidamente, ou instável, nas situações em que persiste. Nas duas, a dor no peito pode ser consequência da arteriosclerose – outra doença do coração -, de anemias, diabetes, colesterol alto, e sedentarismo.
Arritmia
O ritmo acelerado do coração. A arritmia é marcada por uma sensação de batimentos acelerados. Além dessa sensação, a pessoa sente desconforto, mal-estar, fadiga, palpitações e pode até ter dificuldade para respirar.
Em casos mais intenso, a pessoa pode perder da consciência. A arritmia é decorrente, principalmente, de condições genéticas, estresse, ansiedade e outras doenças do coração.
Ela pode ser um sinal de algo mais grave e por isso é preciso atenção e cuidado ao ser percebida.
Arteriosclerose
O endurecimento e estreitamento das artérias que levam oxigênio e nutrientes do coração para o resto do corpo causam a arteriosclerose. O dano acontece pelo acúmulo de gordura saturada, colesterol e outras substâncias.
Dessa forma, o fluxo de sangue fica prejudicado e a pessoa sente dores no peito, fadiga e fraqueza muscular.
Geralmente, essa doença do coração está mais associada ao envelhecimento, já que a gordura tende a se acumular progressivamente. Entre os fatores para a arteriosclerose estão histórico familiar, colesterol alto, hipertensão e diabetes.
Cardiomiopatia
Na cardiopatia, o músculo cardíaco fica inchado e inflamado. Estas alterações deixam o coração fraco. Assim, ele não é capaz de bombear o sangue para o corpo. O resultado pode ser uma insuficiência cardíaca.
Os sintomas são fadiga, inchaço e fraqueza. Sintomas muito similares ao da própria insuficiência. Em alguns casos, há necessidade de um transplante.
Infarto
O infarto está entre as doenças do coração mais conhecidas e mais fatais. O infarto do miocárdio é um ataque cardíaco, que acontece quando o fluxo de sangue nesse músculo cardíaco – o miocárdio – é interrompido por um período prolongado.
A ausência de fluxo no miocárdio pode causar dano ou mesmo a morte do tecido. O bloqueio do sangue pode ocorrer por causa de uma placa de gordura ou coágulo.
Então, o infarto pode se tratar de uma consequência direta da arteriosclerose ou de outros fatores como colesterol alto, tabagismo, obesidade, alcoolismo e carga genética.
Entre os sintomas do infarto, o mais comum é a dor aguda no peito, que dura mais de 20 minutos e pode irradiar para pescoço, mandíbula, costas, braço ou ombro esquerdo. Além disso, pode haver queimação, sensação de peso ou aperto no peito e formigamento no braço.
Insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca é outra doença do coração muito comum e bastante grave. Ela acontece quando o coração não consegue bombear o sangue novo – rico em oxigênio – de forma suficiente para o organismo.
Assim, com o tempo, os sintomas como dificuldade para respirar, fadiga, fraqueza, inchaços, palpitações, entre outros, começam a aparecer.
A insuficiência cardíaca tem como fatores de risco outras doenças cardiovasculares, que causam o estreitamento dos vasos sanguíneos, além de questões como hábitos não saudáveis, infecções, apneia do sono e diabetes.
Doença arterial periférica
Na doença arterial periférica, as artérias afetadas são as que levam sangue para os membros inferiores, como pernas e pés. Nessa situação, as artérias ficam mais estreitas e endurecidas, tornando mais difícil o acesso do sangue até essas partes periféricas do corpo.
Os sintomas da doença arterial periférica são inchaços e feridas que não cicatrizam. Nos homens, pode ocorrer disfunção erétil.
Assim como na maioria das doenças do coração, sua causa se dá pela formação de placas de gordura, cálcio ou outras substâncias nas artérias. Questões como o tabagismo e o colesterol alto contribuem para seu aparecimento.
Endocardite
Aqui, temos um novo contexto de doença do coração. A endocardite é uma infecção do músculo interno que reveste o coração, o endocárdio.
A infecção costuma acontecer por conta da migração de uma bactéria, fungo ou vírus de outra parte do corpo, por meio do sistema sanguíneo, que se aloja no coração.
Este fenômeno migratório não é raro de acontecer, no entanto, quando o tecido afetado pelo microrganismo já está debilitado por outra doença, como uma insuficiência cardíaca, a consequência para o endocárdio é mais grave.
Miocardite
A miocardite acontece por conta da inflamação de outro músculo cardíaco, o miocardite. Neste caso, ela pode causar dilatação cardíaca, trombose na parede cardíaca e infiltração das células sanguíneas circulantes e das fibras musculares.
Sintomas comuns das doenças do coração
Como vimos, as doenças cardiovasculares têm muitas semelhanças em suas causas e sintomas. Por isso, prestar atenção ao corpo e aos sinais que ele dá é fundamental para prevenir os males que podem atingir o coração.
Vamos destacar a seguir os sintomas mais comuns:
cansaço excessivo sem motivo aparente;
dores no peito;
mal súbito;
enjoo ou perda de apetite;
falta de ar em repouso ou em atividade;
inchaço nas pernas;
palpitações ou taquicardia;
suor frio;
tonturas ou desmaios;
tosse seca e persistente.
Como prevenir as doenças do coração?
Assim como os sintomas e as causas, a prevenção das doenças cardiovasculares também encontra caminhos semelhantes. O cuidado com o coração está baseado na adoção de um modo de vida saudável, que inclui melhores hábitos alimentares, atividades físicas e bem-estar emocional.
A recomendação está na cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) que traz como fator essencial para se evitar as doenças cardíacas um modo de viver feito de escolhas mais conscientes e saudáveis.
Mas o que é importante para um coração saudável?
buscar por uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes;
praticar atividades físicas regulares;
abandonar o sedentarismo;
fazer exercícios de relaxamento e meditação;
realizar check-up e exames de rotina;
evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
As mudanças na forma de vida podem ser contabilizadas e a balança é positiva para o coração. Veja só.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia:
controle do colesterol = redução de 20% no risco de derrames, 25% de morte e 33% de infarto;
controle da pressão arterial = redução de 15% do risco para infarto e 42% para derrame;
parar de fumar = menos 50% de risco para o infarto e 70% de morte;
perda de peso e exercícios físicos = redução de 25% no risco de desenvolver diabetes.
Por fim, o cuidado é a melhor forma de proteção para o coração. Conte com a CCR para andar com o coração em dia. Marque sua consulta e faça seu check-up com a gente!
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