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Gravidez e coração: seis dicas para prevenir problemas cardíacos

O corpo da mulher que gesta passa por profundas transformações. Tudo se expande e se acomoda para abrigar uma outra vida. O coração, durante a gravidez, também é afetado por essas mudanças, trabalhando mais e aumentando a frequência cardíaca.

 

Para dar conta de atender às necessidades de mãe e bebê (levar oxigênio e nutrientes para a placenta e para o feto), o coração na gestação é mais exigido e, mesmo mulheres que não têm histórico de doenças cardiovasculares, precisam ficar atentas ao seu funcionamento nessa fase da vida.

 

Cuidar da saúde do coração é um passo fundamental na rotina do pré-natal e, para isso, preparamos este artigo com seis dicas para prevenção de problemas cardíacos e que vão ajudar na proteção e no cuidado com o coração das mães. Vamos lá?

 

Como o coração fica durante a gestação?

 

Para começar, é importante saber quais alterações o coração da mulher sofre enquanto seu corpo é responsável por gerar, nutrir e permitir o desenvolvimento de uma nova vida, com um outro coração.

 

Durante a gravidez, ​​o corpo da mulher tem, em média, 2 litros de sangue a mais circulando por ele. Esse aumento no volume sanguíneo se dá para que haja fornecimento ideal de oxigênio e nutrientes para placenta e feto. Não é mais somente o organismo da mãe, mas sim um segundo corpo a ser irrigado.

 

 

Diante dessa quantidade extra de sangue, o coração precisa bombear muito mais. Por isso, na gestação, o coração trabalha 60% a mais do que o normal.

 

As novas condições impostas ao coração na gravidez podem fazer com que as mulheres sintam desconfortos ao caminhar, subir escadas e fazer outras atividades de rotina. Gerar uma nova vida vai muito além de uma barriga que cresce, mexe com muitos aspectos físicos e emocionais.

 

Segundo um artigo norte-americano, publicado no periódico científico Mayo Clinics Proceedings, em 2018, durante a gravidez, parto ou puerpério, as mulheres apresentam um risco maior para desenvolver doenças cardíacas e esse risco teria sofrido um aumento de cerca de 25 % entre os anos de 2002 a 2014.

 

O mesmo estudo mostrou ainda que as gestantes na faixa etária entre 35 a 39 anos têm cinco vezes mais chances de apresentar problemas cardíacos do que mulheres na faixa dos 20 e poucos anos.

 

A seguir vamos conhecer algumas das alterações e doenças cardiovasculares que podem afetar as mães durante a gravidez. Veja só.

 

Problemas cardíacos durante a gestação

 

l  Cardiomiopatia periparto

 

Trata-se de uma doença que causa danos às paredes do coração (miocárdio) e pode acometer mulheres no final da gravidez ou após o parto.

l  Aumento da frequência cardíaca

Como vimos, é normal que durante a gestação o coração trabalhe mais rápido. Ao final da gestação, o bebê recebe mais de um quinto de todo o volume de sangue da mãe.

 

No entanto, apesar de ser uma condição comum na gravidez, é preciso que haja atenção em relação às irregularidades no ritmo cardíaco, pois elas podem indicar outra doença: a arritmia cardíaca.

l  Valvulopatias

Aqui temos a ocorrência de alterações nas válvulas do coração que devem ser investigadas e, se necessário, tratadas antes da mulher engravidar.

 

 

l  Eclâmpsia e pré-eclâmpsia

Chegamos a uma das doenças cardíacas mais graves que podem acometer as mulheres durante a gravidez. Trata-se da eclâmpsia, que causa hipertensão arterial e aumenta os riscos de morte fetal e materna.

 

A condição pode acometer qualquer mulher, incluindo aquelas que nunca tiveram nenhum problema no coração. No entanto, há alguns fatores de risco, como:

 

  • gravidez acima dos com 35 anos;
  • histórico familiar;
  • primeira gestação;
  • diabetes;
  • grávidas de gêmeos.

 

Seis dicas para proteger do coração durante a gestação

 

Agora que sabemos como fica o coração da gestante durante a gravidez e os problemas que ela pode ter, vamos às dicas para prevenção das doenças cardiovasculares e para preservação da saúde de mãe e bebê. É fato que a falta de cuidados com o coração na gravidez pode resultar em problemas graves, como vimos, por isso, é importante:

 

1.      controlar o ganho de peso

O ganho de peso é algo comum durante a gestação. Mas é preciso ficar atenta, pois um peso muito acima do recomendado pode refletir em sobrecarga para o coração – que já está fazendo um trabalho extra.

 

Então, é importante que a mulher tenha um bom acompanhamento pré-natal, no qual estejam integradas especialidades como ginecologia, cardiologia e nutrição.

2.      praticar atividades físicas moderadas

Manter-se em movimento durante a gestação é importante. É claro que cada gravidez é um caso e há situações em que a recomendação seja de repouso absoluto.

 

No entanto, quando se tem uma gravidez sem intercorrências, a recomendação é que a gestante faça, no mínimo, 30 minutos de exercícios diários, com atividades de baixo impacto, como caminhadas, e hidroginástica.

 

Mas, antes de iniciar qualquer prática, consulte seu médico e certifique-se de que está tudo bem. Ah, e lembre-se de fazer atividade física com a supervisão de um profissional da área.

 

3.    não usar substâncias que elevam o ritmo cardíaco

 

Para cuidar do ritmo cardíaco, as mulheres grávidas devem evitar o consumo de substâncias que possam aumentar os batimentos do coração, como a cafeína, o álcool e o tabaco (esses últimos, inclusive, podem causar problemas sérios ao bebê).

 

As substâncias acima aumentam o risco de taquicardia e em um coração já sobrecarregado a alteração pode ser perigosa.

4.      evitar estresse e ansiedade

A gravidez é um momento ímpar na vida de uma mulher e, como dissemos anteriormente, envolve aspectos físicos e emocionais.

 

Assim, as gestantes precisam de suporte, apoio, acolhimento e devem evitar situações de estresse e ansiedade.

 

Para isso, é importante buscar pessoas que lhe façam bem e atividades de lazer e relaxamento, como a meditação.

5.      mantenha uma dieta saudável

Aqui a recomendação vai ao encontro com a primeira sobre o cuidado com o peso. Além de evitar ganho exagerado, uma alimentação saudável reflete no controle e na prevenção de várias doenças, incluindo os problemas cardiovasculares.

 

Desse modo, as mulheres devem optar, não só durante a gravidez, mas em toda a vida, por alimentos mais naturais, menos industrializados e com menos conservantes (os industrializados tendem a elevar a pressão arterial, uma das principais causas de problemas do coração na gravidez).

 

A alimentação deve ser rica em nutrientes, para garantir também a alimentação do bebê, equilibrada e com boas porções de legumes, verduras e frutas.

6.    consultar um Médico Cardiologista

 

Por fim, antes de engravidar, a mulher deve procurar por um Médico Cardiologista para saber como está a saúde do seu coração e para que ele possa acompanhá-la durante a gestação. Esse olhar e cuidado de perto farão toda diferença no bem-estar e na saúde da mãe e do bebê.

 

Para isso, conte com a equipe de especialistas da CCR Med. Entre em contato e agende sua consulta para cuidar bem dos corações que batem aí dentro.

 

 

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