Os batimentos cardíacos aceleram e todo o metabolismo também aumenta seu ritmo. O ato sexual desencadeia uma série de reações no organismo e sua prática saudável é recomendada para o bem-estar de corpo e mente. Uma vida sexual ativa não tem limite de idade, porém, pacientes que passaram por procedimentos cardíacos ou que têm doenças cardiovasculares, como pressão alta, devem contar com a orientação médica para que o sexo seja feito com segurança e de forma prazerosa. Para falar sobre a combinação sexo e coração, preparamos este artigo que aborda as recomendações e possibilidades para a manutenção da atividade sexual em pessoas que sofrem de problemas cardíacos. Acompanhe a leitura!
O sexo e a energia gasta durante sua prática
Antes de citar as questões relacionadas aos pacientes cardiovasculares, uma rápida passagem pelo gasto energético durante uma relação sexual e a comparação com outras atividades. Esses números são importantes para se observar o quanto o sexo ativa o metabolismo e o quanto ele “usa” da nossa energia. Os valores estão na unidade de MET (Metabolic Equivalent of Task, em inglês), que significa, Equivalente Metabólico da Tarefa. De acordo com estudos, durante o pico da atividade sexual, ou seja, no momento do orgasmo, atinge-se de 3 a 4 METs. Abaixo uma tabela comparativa com outros exercícios físicos:
O sexo depois de um problema no coração: questões físicas e psicológicas
Pacientes com doenças cardiovasculares ou que passaram por algum procedimento cardíaco podem ter a vida sexual afetada. O sexo pode sofrer interferência de duas formas, de acordo com o artigo Atividade Sexual e Coração, publicado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC): pelo próprio diagnóstico cardíaco e as implicações psicológicas que acarreta, como ansiedade e medo de morrer, e pelo uso de diversos fármacos, que são capazes de prejudicar o desempenho sexual (como disfunção erétil e/ou perda da libido).
Infarto: risco maior de um ataque cardíaco no sexo?
Engana-se quem pensa que pessoas que já sofreram infarto tem risco maior de um novo caso durante o ato sexual. Análise de estudos feitos com mulheres e homens de 50 a 70 anos apontou que o risco de infarto do miocárdio, nesta faixa etária, aumenta 2,7 vezes, e que não há alteração em pacientes que já tiveram infarto ou outra doença cardiovascular. O que chama atenção, no entanto, é a questão dos sedentários: eles tem probabilidade três vezes maior de um infarto do que os indivíduos fisicamente ativos. Outro dado importante a ser esclarecido é que o número absoluto de problemas cardiovasculares na realização da atividade sexual é mínimo: menos de 1% do total de infartos.
A retomada da vida sexual após um problema do coração
O medo, a insegurança, a ansiedade, as alterações no desejo por conta das medicações e a própria culpa em relação ao parceiro são alguns dos fatores que dificultam a retomada da vida sexual pelos pacientes cardíacos. Por isso, é de extrema importância a orientação e o esclarecimento de seu Médico. Discutir o assunto não deve ser um tabu. É preciso falar pois trata-se de uma questão de saúde também.
Segundo dados do artigo Atividade Sexual e Coração, estima-se que, após um diagnóstico ou procedimento cardíaco, cerca de 25% dos pacientes conseguem retornar à vida sexual normal, com as mesmas freqüência e intensidade de antes do ocorrido. Já metade dos pacientes volta a praticar o sexo com algum grau de diminuição em freqüência e/ou intensidade. Os 25% restantes não conseguem reassumir sua atividade sexual.
Além do Médico, é importante que o paciente converse abertamente sobre o assunto e sobre seus sentimentos com seu (sua) parceiro (a). Colocar as angústias para fora e deixar a outra pessoa saber o que se passa são formas de cuidar também. Cada paciente é capaz de retomar sua vida sexual com prazer e satisfação, de acordo com suas possibilidades e limites. O importante é que se restabeleça a qualidade de vida e o bem-estar.
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