Infarto não é coisa de homem. Hoje, sabemos que não têm relação alguma com gênero. O infarto do miocárdio é um evento que atinge as mulheres e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares – como o infarto – respondem por um terço das mortes de mulheres no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil por dia.
Embora o infarto seja um evento comum em ambos os sexos, é fundamental destacar que há diferenças nas causas e, principalmente, nos sintomas do infarto em mulheres. Assim, é preciso que elas saibam reconhecer os sinais de um ataque cardíaco no próprio corpo e, mais do que isso, saibam como prevenir esse mal. Por isso, neste mês da mulher, preparamos este artigo e reforçamos o alerta para que elas fiquem vigilantes em relação à saúde do coração.
Mulheres e infarto do miocárdio: dados de alerta
De início, vamos olhar para os números que tratam da incidência de doenças cardiovasculares em mulheres para entender como elas são tão – ou mais – afetadas do que os homens.
De acordo com dados da a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças do coração em pessoas do sexo feminino já ultrapassam as estatísticas de câncer de mama e de útero. Assim, entre as mulheres, cerca de 54% morrem por doenças cardiológicas, enquanto o câncer de mama é a causa de 14% das mortes. .
Em 2020, dados obtidos pelo site Estatísticas Cardiovascular Brasil, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mostraram que a predominância de doenças cardiovasculares é maior em mulheres na faixa etária entre 15 e 49 anos. Como consequência, as mortes por doenças isquêmicas, como o infarto, têm aumentado nas mais jovens
É o que indica o Portal da Transparência da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) ao informar sobre um aumento de 29,41% no número de mortes por infarto em mulheres de 30 a 39 anos.
E tem mais: de acordo com relatório de 2021, da Associação Americana de Cardiologia, a sobrevida após um episódio de infarto é de 8,2 anos para homens e somente 5,5 anos para mulheres. Ou seja, elas sobrevivem menos tempo
Quais os sintomas do infarto nas mulheres?
Em relação aos sinais de infarto nas mulheres, é importante destacar que, nelas, os sintomas de doença podem ser diferentes daqueles já classicamente conhecidos, como a dor no peito, suor frio e náuseas. Sintomas atípicos e comuns a outras patologias podem surgir, fazendo com que muitas mulheres os ignorem e não procurem por atendimento médico.
Sintomas mais comuns:
- Dor ou desconforto na região do peito em forma de aperto e que pode irradiar para o braço esquerdo, as costas e o rosto;
- Suor frio;
- Palidez;
- Falta de ar;
- Sensação de desmaio.
Sintomas atípicos:
- Dor abdominal, semelhante a dor de uma gastrite ou esofagite de refluxo;
- Enjoo;
- Mal-estar;
- Cansaço excessivo, sem causa aparente.
É claro que, a presença de qualquer um desses sintomas, não quer dizer que você esteja obrigatoriamente tendo um infarto, mas deve ser um sinal de alerta principalmente se você faz parte do grupo de risco para doenças cardiovasculares.
Como prevenir o infarto em mulheres?
Como formas de prevenção do infarto nas mulheres, temos iniciativas que estão relacionadas ao estilo de vida e a uma mudança importante na estrutura social e na divisão de tarefas. Veja só:
- prática regular de exercícios físicos;
- alimentação adequada;
- tempo de lazer e de autocuidado;
- exames cardiovasculares de rotina e consultas periódicas ao Médico Cardiologista;
- cuidados com a saúde mental;
- prevenção de doenças como diabetes e obesidade.
Em suma, o aumento das doenças cardiovasculares nas mulheres mostra que:
- entre as brasileiras, 1 em cada 5 mulheres adultas está em risco de desenvolver doenças cardiovasculares;
- o infarto em mulheres é mais fatal do que entre os homens;
- os sintomas das doenças cardíacas nas mulheres geralmente são diferentes dos sintomas nos homens.
Então, agora que você, mulher, já sabe que o infarto não é coisa de homem e que o cuidado com a saúde do seu coração é tão importante quanto, não deixe de realizar exames médicos regulares, de procurar por atendimento especializado e de mudar comportamentos e atitudes para um viver de coração e peito abertos e cheios de boas histórias!
Para isso, conte com a CCRMed e nosso time de Médicos Cardiologistas.
Se dê de presente uma consulta com a gente.
Até o próximo!