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Ataque cardíaco: quais os sinais e como reconhecer?
Ataque cardíaco: quais os sinais e como reconhecer?

O coração como jardineiro, o corpo como jardim. O coração bombeia o sangue e nutre as células para fazer o organismo crescer, agir, reagir. Quando há uma alteração brusca no funcionamento harmônico do coração por conta da formação de um coágulo, há ocorrência do chamado ataque cardíaco ou, também conhecido, como infarto do miocárdio. 

O ataque cardíaco é rapidamente associado a dor no peito e sensação de formigamento, no entanto, os sinais e as causas podem variar de pessoa para pessoa e o infarto agudo do miocárdio – principal causa de mortes no Brasil – pode se manifestar de diferentes formas. 

Para isso, é fundamental conhecer os sintomas e saber reconhecer o momento de procurar por atendimento médico e acompanhamento para prevenção e cuidado de perto. Para que você possa perceber seu corpo e proteger o seu coração, preparamos este artigo com informações importantes sobre o que é o ataque cardíaco, quais os sinais, como prevenir e como reconhecê-lo.

Vamos lá?

O que é ataque cardíaco?

Para começar, é importante definir o que é um ataque cardíaco para que seja possível diferenciá-lo de outras doenças cardiovasculares. 

Também chamado de infarto do miocárdio, o ataque cardíaco acontece quando há morte de células de uma região do coração em razão da formação de coágulo. Este coágulo por sua vez, ao se formar,  interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa.

O ataque cardíaco é a consequência da interrupção do fluxo sanguíneo. Sabemos que a principal causa do infarto é a chamada aterosclerose, doença na qual placas de gordura ficam acumuladas no interior das artérias do coração, causando obstrução. 

Assim, quando uma placa de gordura se rompe, há formação do coágulo e o fluxo de sangue é interrompido. 

Sem o sangue chegando às células, não há oxigenação e não há liberação de toxinas. O corpo vai, então, se desligando. Os efeitos de um ataque cardíaco podem deixar sequelas e levar a pessoa a óbito. 

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o número de óbitos de infarto do miocárdio, angina e outras doenças isquêmicas do coração, no Brasil,  de 2004 a 2014, foi de 1.069.653, o que corresponde a 8,8% das causas de mortes no País. 

Ataque cardíaco em jovens

Como vimos, o ataque cardíaco acontece quando há obstrução de uma artéria e interrupção do fluxo sanguíneo e engana-se quem pensa que trata-se de uma doença associada às pessoas mais idosas. 

Um levantamento feito pelo Colégio Americano de Cardiologia, em 2019, revela que, mesmo com o número de infartos estabilizado entre os americanos mais velhos, a incidência da doença vem crescendo 2% ao ano entre as pessoas com 40 anos ou menos. 

O cenário não é diferente no Brasil, já que, segundo o Ministério da Saúde, desde 2013, os casos de infarto entre adultos com até 30 anos tiveram um aumento de 13%. 

O ataque cardíaco em jovens pode estar relacionado a fatores genéticos e particularidades biológicas, além, é claro, dos hábitos de vida não saudáveis muitas vezes encontrados nessa faixa etária. Veja só: 

Fatores de risco para o infarto em pessoas com menos de 40 anos

  • sedentarismo;
  • dieta desregulada;
  • obesidade;
  • hipertensão;
  • estresse (cerca de 15% dos casos de infarto estão ligados a crises de estresse, que causam picos de pressão e colapso do músculo cardíaco);
  • herança genética;
  • colesterol. 

Ataque cardíaco em homens e mulheres

A manifestação de uma doença pode variar, dependendo do corpo em que ela se apresenta. Assim como os sinais de um infarto em um jovem podem ser diferentes dos sinais em um adulto de mais idade, o ataque cardíaco também pode se manifestar de um jeito diferente entre homens e mulheres, já que os corpos são distintos, certo?

Muitas vezes, nos homens, o infarto se dá com os sinais mais claros e clássicos, como dor no peito, que irradia para o braço, sudorese e palidez. Já nas mulheres, os sinais são mais sutis, como falta de ar, náusea ou vômito, suor e uma dor breve no abdome superior ou nas costas, que podem ser associadas a outros males e não a um ataque cardíaco. Por isso, muitas vezes, o infarto na mulher pode ser silencioso, passar despercebido e, assim, ser mais fatal. 

Geralmente, o infarto do miocárdio acontece com mais frequência nos homens, a partir dos 55 anos, e nas mulheres depois dos 65 anos. Mas estimativas mostram que a probabilidade de uma mulher morrer de infarto é 50%, já que possuem artérias coronárias mais estreitas e quando há o bloqueio ou entupimento das artérias, as consequências podem ser mais graves. 

Quais os sinais do ataque cardíaco?

Bem, como vimos acima, os sintomas ou sinais de um infarto do miocárdio podem variar bastante de pessoa para pessoa em relação ao sexo e à faixa etária, além de serem, muitas vezes, confundidos com outros problemas de saúde. 

Então, o importante é ficar atento às mudanças no corpo no dia a dia, no realizar das tarefas cotidianas e ter o acompanhamento de um médico cardiologista, principalmente por pessoas com histórico familiar de ataque cardíaco. 

Entre os sinais do ataque cardíaco, podemos destacar:

  • dor ou desconforto intenso e prolongado na região do peito
  • dor que irradia para as costas, rosto e braços;
  • sensação de peso ou aperto no peito;
  • dor pode ocorrer também no abdome, como uma dor de uma gastrite;
  • suor frio;
  • palidez;
  • falta de ar;
  • náusea;
  • sensação de desmaio. 
  • e nos idosos, assim como nas mulheres, o principal sinal pode ser a falta de ar. 

O que fazer diante de um ataque cardíaco?

Sofrer um ataque cardíaco ou estar diante de alguém infartando não é algo que se deseje, mas pode acontecer e, para isso, o melhor é estar preparado para saber como agir. 

Assim, ao surgirem os primeiros sinais, o mais indicado é chamar por socorro médico ou ser levado para um hospital de imediato. O tempo é vital quando se trata de um ataque cardíaco e a demora em buscar atendimento pode piorar o quadro e aumentar o risco.

Se você está com uma pessoa com sintomas de infarto, enquanto aguarda pela ajuda médica, as recomendações são:

  • afrouxar as roupas da pessoa e impedir que ela faça esforços;
  • não oferecer nada para comer ou beber
  • não oferecer remédios como calmantes;
  • caso a pessoa desmaie, checar a respiração e pulso. Caso não haja presença desses sinais vitais, é preciso realizar, imediatamente, as manobras de ressuscitação cardiopulmonar.

Se você é a vítima de um ataque cardíaco, a recomendação é uma só:

  • chamar ajuda para o transporte para um hospital. Em hipótese alguma dirija.

Fatores de risco para um ataque cardíaco

Como falamos no início, o infarto do miocárdio – ou ataque cardíaco – acontece quando há interrupção no fluxo de sangue, em razão do bloqueio de artérias causado por um coágulo, geralmente, de gordura. Dessa forma, os fatores de risco para a doença estão associados aos hábitos de vida, além de questões genéticas.

Veja então quais são os principais riscos que podem desencadear um ataque cardíaco:

Como evitar um ataque cardíaco?

Por fim, mas essencial para o bom entendimento da ocorrência do ataque cardíaco, está a prevenção da doença. 

Sabemos que as doenças cardiovasculares, nas quais está o ataque cardíaco, são as principais causas de mortes no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, e atingem cerca de 30% do total de óbitos. 

Segundo o órgão, por ano, aproximadamente 300 mil pessoas sofrem infarto agudo do miocárdio e as mortes ocorrem em 30% desse total. A estimativa é que até 2040 haja um aumento de até 250% dessas ocorrências por aqui. 

Por isso, ter consciência do que pode ser feito para evitar um infarto é decisivo para a proteção da vida. 

Veja só as principais formas de prevenção:

  • realizar a prática regular de exercícios físicos sob orientação de um profissional de educação física;
  • optar por uma alimentação adequada, mais natural e menos industrializada;
  • parar de fumar;
  • ter momentos de descanso e lazer;
  • procurar por atividades de bem-estar, como meditação;
  • realizar exames e acompanhamentos médicos para prevenção de doenças como a aterosclerose, diabetes e obesidade.

Escolher um caminho mais saudável é escolher pela vida. 😉

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