Basicamente, o sedentarismo é uma condição na qual as atividades realizadas não são capazes de aumentar, substancialmente, o gasto de energia acima do nível de repouso. A ausência de uma prática regular de atividade física leva ao sedentarismo. De acordo com o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM), uma pessoa, entre 18 e 60 anos, é considerada sedentária é aquela que tem uma prática de atividade física leve inferior a 150 minutos por semana.
Mas o sedentarismo não se trata apenas de um comportamento. Trata-se de um fator de risco para doenças graves. O sedentarismo afeta e fragiliza o organismo, deixando-o mais vulnerável à incidência de problemas de saúde, como a obesidade, a diabetes, o aumento do colesterol, a hipertensão, além das doenças cardiovasculares e o câncer. Para saber mais sobre as consequências do sedentarismo, sua relação com a saúde do coração e como incorporar hábitos mais saudáveis no seu dia a dia, preparamos este artigo. Acompanhe a leitura!
O que é ser uma pessoa sedentária?
Bem, para começar, é importante esclarecer o que é ser uma pessoa sedentária. O sedentarismo pode ser definido como a falta de atividade física na rotina e um gasto calórico insuficiente.
Como dissemos no início deste artigo, de acordo com o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM), podem ser consideradas sedentárias pessoas que realizam menos de 150 minutos de atividades físicas por semana, na faixa etária entre 18 e 60 anos.
Assim, para não ser considerada sedentária, uma pessoa, segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), deve realizar de 75 a 150 minutos semanais de atividades físicas intensas ou de 150 a 300 minutos de atividades moderadas.
Para se ter uma ideia mais concreta, podemos pegar como referência valores-padrão estimados para cada tipo de atividade física. Por exemplo: caminhar a 6,4 km/h equivale a 4 METs/min, enquanto correr a 8,0 km/h corresponde a um gasto de 8,0 METs/min. O MET é um equivalente metabólico associado ao consumo de oxigênio por minuto em qualquer atividade.
A meta para se ter uma boa saúde diz respeito a um gasto energético entre 450 a 750 METs por semana, somando todas as atividades físicas realizadas, esportiva ou de movimentação diária.
Dados sobre sedentarismo
Então, quantas pessoas são consideradas sedentárias no Brasil? Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na população de 18 anos ou mais de idade, 40,3% dos entrevistados foram classificados como insuficientemente ativos. Ou seja, classificadas como pessoas que não praticam atividade física ou praticam por menos de 150 minutos por semana, incluindo lazer e trabalho.
No recorte por sexo, 47,5% das mulheres brasileiras eram pouco ativas em 2019. Já os homens apresentavam uma taxa de 32,1%. No quesito idade, mais da metade (59,7%) das pessoas de 60 anos ou mais de idade era insuficientemente ativa, e o grupo de idade menos sedentário foi o de 18 a 24 anos de idade (32,8%), seguido do grupo de 25 a 39 anos (32,9%).
O levantamento de 2019 mostrou que somente 34,2% dos homens com 18 anos ou mais praticavam o nível recomendado de atividade física no lazer, enquanto para as mulheres o percentual foi ainda mais tímido: 26,4%.
Quais as consequências do sedentarismo para a saúde?
Agora, vamos às consequências do sedentarismo para a saúde. Como falamos antes, ser sedentário é um comportamento nocivo, fator de risco para inúmeras doenças.
A ausência de uma prática regular de atividade física capaz de equilibrar o consumo e o gasto de energia no organismo, de fazê-lo oxigenar de forma saudável e de movimentá-lo para fortalecê-lo, fragiliza o corpo e o deixa mais vulnerável ao aparecimento de doenças graves.
Além disso, o sedentarismo afeta a qualidade de vida, ocasionando:
- excesso de peso ou obesidade;
- acúmulo de gordura (a mais perigosa na região abdominal);
- dor nas articulações;
- falta de força e resistência física;
- perda de massa muscular;
- cansaço excessivo, falta de ânimo e disposição;
- distúrbios do sono, como insônia e apneia.
Então, como podemos ver, o sedentarismo extrapola os aspectos físicos e reflete também em desconfortos sociais e emocionais.
E quais as consequências do sedentarismo para o coração?
Bem, se o sedentarismo afeta tantas dimensões da vida, o coração não ficaria imune. De acordo com a Federação Mundial de Cardiologia, quem não se exercita tem um risco duas vezes maior de sofrer doenças do coração, ter pressão alta e desenvolver diabetes, independentemente de estar ou não acima do peso.
Na sua relação com o coração, o sedentarismo contribui para o aumento dos níveis de lipídios – gordura – na circulação sanguínea, comprometendo a função cardíaca e sua capacidade de irrigação para todo o organismo. Desse modo, a falta de atividade física e a obesidade estão fortemente associadas ao risco de desenvolver doenças cardiovasculares a partir de fatores de risco significativos, como:
- hipertensão arterial;
- diabetes mellitus;
- dislipidemias (presença de níveis elevados de lipídios, ou seja, gorduras no sangue).
Em suma, a ausência de uma prática regular de atividades físicas desencadeia uma série de alterações no corpo que podem resultar no aparecimento de doenças cardiovasculares, pressão alta, entupimento de artérias e até acidentes vasculares cerebrais ou infartos.
Por isso, é fundamental se movimentar, fazer exercícios sob orientação e cuidar para evitar o acúmulo de células de gordura nos vasos sanguíneos e no coração. Para isso, o caminho é adotar um estilo de vida ativo, que inclua também uma alimentação saudável, capaz de promover um aumento da capacidade física, da qualidade de vida, e de atenuar o risco de morbidade e mortalidade.
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Até o próximo 🙂
Fontes:
Artigo: Obesidade e sedentarismo: fatores de risco para doença cardiovascular