As redes fazem conexões, estabelecem ligações, proporcionam sustentação. As redes sociais são, hoje, um espaço digital no qual as pessoas se encontram, trocam experiências, compartilham histórias e têm acesso à informação. Os aplicativos como WhatsApp, Instagram, Facebook, entre outros, estão a um clique dos usuários e são os mais acessados no mundo todo.
O mundo digital tem provocado profundas transformações nas relações humanas. As ações dentro das redes sociais extrapolam a tela e têm reflexos no mundo real. Mas qual a relação do uso dos aplicativos de troca de textos, fotos, vídeos e áudios e a saúde do coração e a saúde mental? Eles fazem bem ou mal?
Para falar sobre as questões que envolvem o uso das redes sociais na medida para o coração e para a vida, preparamos este artigo. Acompanhe e a leitura!
Os números das redes sociais no Brasil
Antes de falarmos da relação entre as redes sociais e o coração, vamos aos números que mostram a presença da internet e dos aplicativos de comunicação no Brasil.
Os dados são do relatório anual da plataforma DataReportal, plataforma projetada para ajudar pessoas e organizações em todo o mundo a encontrar os dados, percepções e tendências.
Assim, em janeiro de 2020, havia no Brasil:
- 150,4 milhões de usuários de internet (aumento de 8,5 milhões entre 2019 e 2020).
- 140,0 milhões de usuários de mídia social (aumento de 11 milhões entre abril de 2019 e janeiro de 2020).
O Brasil está no topo quando o assunto é estar online e ocupa o segundo lugar no ranking dos países que mais tempo passam conectados à Internet: em média 9 horas e 29 minutos por dia.
Diante desse cenário, não há como negar ou fugir da presença significativa do mundo digital na vida real e de suas consequências do lado de fora da tela.
Quais os efeitos do uso das redes sociais para o coração e a saúde mental?
Bem, agora que temos uma pequena noção do tamanho das redes sociais e da internet em nossa sociedade, é hora de entender sobre como seu uso pode ser prejudicial ou benéfico à saúde física e mental.
Um estudo realizado pela Royal Society for Public Health (RSPH) – instituição de saúde pública do Reino Unido – mostrou que as redes sociais mais usadas podem provocar efeitos tanto positivos quanto nocivos à saúde humana, dependendo da maneira como são utilizadas.
Um exemplo de rede social que pode oferecer benefícios, de acordo com a pesquisa, é o Youtube. O aplicativo de vídeo pode ser uma fonte importante para acessar conteúdos produzidos por profissionais especializados em suas áreas e que usam seus canais para compartilhar conhecimento em aulas e apresentações didáticas.
Pelo YouTube, é possível também ter acesso a práticas que auxiliam no bem-estar físico e emocional, como programas de atividades físicas, meditações, aulas de Yoga, entre outras.
Redes sociais: apoio em tempos desafiadores
Ainda sobre os pontos considerados positivos à saúde mental no uso das redes sociais, está a possibilidade de se reconhecer e de se apoiar no relato e no encontro com outras pessoas, ainda que seja no espaço virtual.
Ao compartilhar sua experiência em relação a determinado problema ou dilema, uma pessoa pode, por meio dessa exposição, auxiliar outra pessoa que esteja passando por algo semelhante. As redes sociais, então, podem servir de ponte para que histórias de vida se conectem e se fortaleçam.
Assim, segundo o estudo da Royal Society For Public Health, quase 70% dos adolescentes relataram ter recebido apoio nas mídias sociais durante momentos desafiadores.
Por isso, em tempos de pandemia e isolamento social, as redes sociais têm desempenhado importante papel na aproximação das pessoas e na manutenção dos vínculos com familiares e amigos, além de proporcionar troca de vivências – mesmo entre desconhecidos – que podem colaborar para a superação das adversidades que o cenário impõe.
Mas e os malefícios das redes sociais à saúde?
Se por um lado podemos encontrar aspectos positivos no uso das redes sociais, não podemos deixar de lado os prejuízos que seu excesso pode causar. O tempo dispensado a elas, a qualidade da informação acessada e os perfis seguidos são fatores que vão direcionar para um uso saudável ou não dos aplicativos.
Ao mesmo tempo em que o Instagram e Facebook podem ligar pessoas que estejam passando por questões similares e disponibilizar conteúdos relevantes, estas redes sociais também podem desencadear episódios de estresse, ansiedade e depressão, fatores de risco para problemas cardiovasculares.
Há tempos especialistas em saúde mental estudam e alertam sobre os danos da chamada dependência tecnológica em seus pacientes. E, para eles, é urgente que as pessoas tomem consciência dessa relação para não serem engolidas pelo mundo digital.
Ainda de acordo com a pesquisa da Royal Society for Public Health (RSPH), o compartilhamento de fotos pelo Instagram reflete de forma negativa no sono, na autoimagem e aumenta o medo de jovens de ficar fora dos acontecimentos.
Dessa maneira, as redes sociais podem funcionar como catalisadoras de angústias e seus efeitos podem ser comprovados em pesquisas que apontam que pelo menos um a cada seis jovens deverá ter casos de transtorno de ansiedade em algum momento de suas vidas.
Outro dado relevante e que pode estar associado ao uso excessivo dos aplicativos é que as taxas de ansiedade e sintomas de depressão tiveram aumento de 70% nos últimos 25 anos entre as pessoas mais jovens.
Equilíbrio é a medida certa
Equilíbrio, esta é a medida certa para o coração e para a vida. Todos os excessos – do excesso de gordura e de sal ao excesso no uso das redes sociais – podem sobrecarregar a função do coração de bombear sangue para o corpo e, assim, comprometer seu funcionamento.
É preciso que o uso das redes sociais se dê dentro de um tempo saudável e que não impeça ou invada a realização de atividades mais saudáveis – como a prática de exercícios físicos, meditação e outras formas de lazer e bem-estar. O sedentarismo é inimigo da saúde do coração e é preciso estar em movimento para o coração poder seguir em bom ritmo.
Por fim, além do equilíbrio no uso das redes sociais, é fundamental buscar por informação em fontes confiáveis. Na internet, há milhares de pessoas falando sobre milhares de assuntos.
Por isso, fique atento à qualidade do conteúdo disponível e não deixe de entrar em contato com seu médico de confiança – quando o assunto for sua saúde – ou de procurar por profissionais e especialistas nos temas de seu interesse. Certifique-se de que está recebendo orientação e acompanhamento de qualidade e de confiança.
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