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Conheça as ameaças ocultas para o coração e como ficar longe delas
Conheça as ameaças ocultas para o coração e como ficar longe delas

As doenças cardiovasculares são grandes vilãs à saúde do coração. Além de pressão alta, colesterol, tabagismo, estresse e sedentarismo, há também outras ameaças ocultas para o coração, sobretudo para aqueles que já possuem os fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Por esse motivo, é tão importante saber o que pode trazer riscos à saúde do seu coração. Preparamos este artigo para que você conheça algumas e mantenha-se longe delas. Acompanhe a leitura!

Enxaqueca crônica: maiores riscos de AVC

Além da dor de cabeça, há outros sintomas muito comuns que caracterizam o AVC, tais como a sensibilidade à luz e a cheiros e barulho, náuseas, vômitos e sensibilidade a movimentos. Esses sintomas, gerados em diferentes áreas do cérebro ocorre devido a disfunções em vários neurotransmissores como a serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato.

Estudos recentes comprovaram que pessoas com enxaqueca possuem um maior risco de AVC e doenças cardiovasculares, principalmente aqueles que têm enxaqueca com aura, sendo esse risco aumentado se associado a tabagismo e uso de alguns anticoncepcionais hormonais. 

Dessa forma, a enxaqueca aparece como um grande fator de risco tão importante quanto à obesidade, diabetes e hipertensão arterial, pois não é uma simples dor de cabeça. Além disso, esses pacientes apresentam maior frequência de lesões cerebrais e, com isso, prejudica a saúde como um todo.

Combinação de medicamentos: consulte sempre seu Médico Cardiologista

A combinação de medicamentos também pode ser perigosa. Caso sinta dores distintas, é necessário consultar seu Médico Cardiologista. Essa recomendação vale principalmente para aqueles que já fazem tratamento para problemas cardiovasculares como a hipertensão, por exemplo.

As estatinas, que servem para reduzir o acúmulo de placas de gordura nas artérias nos pacientes com colesterol alto, podem interagir com outros medicamentos, como a varfarina, um anticoagulante que pode ser indicado para a insuficiência cardíaca ou trombose. 

Fique atento também aos antifúngicos, antidepressivos e antibióticos. pois são processados pela mesma via no organismo e interferem no efeito de vários medicamentos protetores do coração. Por isso, é fundamental dizer durante a consulta quais medicamentos você já toma antes que ele faça a receita, pois ajuda o médico ou médica a prescrever um fármaco que não sofra interações.

Má higiene bucal: fique atento

Você sabia que a má higiene bucal também pode trazer riscos à saúde do seu coração?

Uma pesquisa da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, acaba de descobrir que escovar os dentes uma vez ao dia já ajuda a baixar o risco de infarto e AVC em 9%, enquanto fazer uma consulta com o dentista a cada 12 meses está associado a uma redução de 14% na propensão a esses problemas.

A saúde bucal e a doença cardíaca estão conectadas pela disseminação de bactérias a partir da boca para outras partes do seu corpo através da corrente sanguínea. Quando essas bactérias alcançam o coração elas se aderem a qualquer área lesionada e causam inflamação. Isto pode resultar em doença como a endocardite, uma infecção do revestimento interno do coração. Por isso, após as refeições, escove seus dentes e não esqueça de realizar os exames do coração regularmente. 

Dormir mal e apnéia do sono: dois vilões do coração

Dormir mal e apnéia do sono: dois vilões do coração

O estresse e a ansiedade são dois fatores que podem gerar insônia e, consequentemente, construir o hábito de dormir mal por alguns dias. Na contramão, a insônia é uma coisa bem mais séria, pois trata-se da dificuldade para iniciar e manter o sono ou despertar antes do desejado por três vezes na semana durante três meses.

O ponto principal que destacamos aqui é que a falta de descanso anda de mãos dadas com o estresse e a ansiedade. Esses dois fatores, na sequência, induzem danos aos vasos e ao músculo cardíaco, até o ponto em que o sistema inteiro começa a ser prejudicado. Vale lembrar que, segundo estudos, pessoas que dormem menos de cinco horas por noite têm um risco de desenvolver hipertensão 520% maior.

A apneia do sono, marcada por roncos e paradas na respiração ao longo da noite, também afeta o funcionamento do coração, já que a interrupção no fluxo respiratório chega a durar entre dez e 90 segundos e está associada a quedas na quantidade de oxigênio no sangue. Essa doença leva a microdespertares, que não deixam o sono ficar profundo, trazendo vários pontos negativos para o músculo cardíaco. Por todos esses motivos, se o sono tem gerado turbulência, consulte um profissional.

Doenças autoimunes

Quanto às doenças autoimunes, acontecem nas condições em que a imunidade está baixa e passa a atacar órgãos e tecidos. A artrite reumatoide, lúpus, hipotireoidismo, retocolite ulcerativa são algumas delas. Todas essas doenças estão relacionadas a um aumento da inflamação, que prejudicam as paredes dos vasos sanguíneos e contribuem para a formação de trombos e coágulos.

Dessa forma, é necessário manter a enfermidade sob controle, pois quando o quadro fica estável, a inflamação acalma por tabela. Outro ponto é não abusar dos corticoides, pois estes podem ser ótimos para aliviar as crises, mas seu uso constante não faz nenhum bem à saúde.

Pré-diabetes

O diabetes tipo 1 ou 2 é um dos protagonistas dos perrengues cardiovasculares e já existem evidências de que esse tímido descontrole da glicemia eleva o risco de infarto ou AVC. Além disso, em geral os pacientes que possuem pré-diabetes trazem outros fatores de risco em conjunto, como excesso de peso, gordura abdominal e hipertensão.

Para não oferecer riscos à saúde do coração, é necessário mudanças no estilo de vida como uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos que contribuem para a queda no resultado dos exames.

Gravidez: problemas durante a gestação

Gravidez: problemas durante a gestação

Durante os nove meses de gestação, a saúde da mulher e do bebê é monitorada constantemente e uma das maiores preocupações nesse período é a pré-eclâmpsia, caracterizada pelo aumento da pressão arterial materna.

Uma pesquisa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, aponta que a mãe deve ficar atenta à hipertensão mesmo após o nascimento de seu filho, já que o quadro pode perpetuar pelo resto da vida. Sabendo dos riscos da pressão alta, é essencial consultar o Médico, afinal, o diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia pode minimizar os riscos à saúde.

Microbiota intestinal desbalanceada

A população de bactérias que vivem em nosso aparelho digestivo é decisiva para o aproveitamento dos nutrientes que ingerimos nas refeições, mas essa influência também está ligada à redução e outros ao aumento do colesterol circulante.

Por isso, para manter a flora intestinal equilibrada, o mais indicado é ter uma dieta saudável e variada. Ingerir boas fontes de fibras presentes em frutas, verduras e legumes é outra sacada. Produtos probióticos, como alguns leites fermentados, iogurtes e queijos, também são ótimos aliados.

Descongestionante nasal: substâncias que contraem os vasos sanguíneos

Quando se está com o nariz congestionado, muitos procuram por remédios que prometem desobstruir o nariz, que podem ser benéficos apenas por um momento, pois o efeito é temporário e a passagem do ar fica bloqueada novamente após alguns minutos.

Alguns produtos desse grupo carregam determinadas substâncias que contraem os vasos sanguíneos, já que princípio ativo não se limita às vias aéreas. Ele é absorvido e, em grandes quantidades, provoca espasmos nas artérias. Por esse motivo, faça uso de um fármaco somente com o aval do médico.

Temperaturas baixas: temperatura do ambiente pode ser uma vilã

Um grupo de pesquisadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine encontrou uma relação entre a temperatura do ambiente e o risco de ataque do coração. Eles descobriram que uma queda brusca na temperatura aumenta as chances de uma pessoa ter um infarto. Segundo os autores, a relação é tão estreita que a cada grau a menos em um único dia, há um aumento de 200 casos de infarto.

Vale destacar que, nos dias frios, o corpo humano reage naturalmente à mudança de temperatura gerando uma vasoconstrição das artérias, resultando em um aumento da pressão arterial. Dessa forma, pessoas que já possuem fatores de risco para doenças cardiovasculares, como obesidade, sedentarismo e hipertensão, podem ter esses efeitos potencializados quando o termômetro fica mais baixo. O ideal é cuidar da saúde como um todo e ter atenção redobrada nos dias mais frios.

Pastilhas efervescentes: elas também trazem riscos ao coração

As pastilhas efervescentes podem parecer uma boa alternativa, mas escondem riscos ao coração. Segundo um estudo publicado em janeiro no British Medical Journal, existe uma relação entre as pastilhas e infartos ou AVC. 

Os pesquisadores da Universidade Dundee analisaram exames médicos de 1,2 milhões de pacientes britânicos e descobriram que tomadores regulares de medicamentos efervescentes eram sete vezes mais propensos a desenvolver pressão alta ou hipertensão, além de correrem um risco 16% maior para eventos cardiovasculares, como infarto e AVC. 

O estudo analisou 24 diferentes remédios efervescentes, incluindo os principais analgésicos, como paracetamol e ácido acetilsalicílico, assim como suplementos. Essa relação acontece porque esses medicamentos possuem grandes quantidades de sódio. Segundo o estudo, algumas pastilhas de 69 mg a 415 mg de sódio – aproximadamente um quinto de uma colher de chá. O consumo diário recomendado para um adulto é de 2000 mg a 2400 mg, equivalente a 6 gramas de sal.

Assim, quando esse problema se torna crônico, temos a hipertensão arterial, que por si só aumenta o risco de diversas doenças cardiovasculares. Caso você use medicamentos efervescentes de forma contínua, converse com o médico e discuta seus riscos. Se não, o ideal é não usar com frequência e sempre ficar atento à alimentação de forma geral.

Depressão e solidão: grandes ameaças ao coração

Depressão e solidão: grandes ameaças ao coração

A depressão é marcada por um desequilíbrio na química cerebral e não se limita à cabeça, já que aumenta fatores inflamatórios, mexe com a microbiota intestinal e está relacionada com menos cuidados e hábitos nada saudáveis como o consumo de alimentos prejudiciais à saúde e ao uso de drogas.

Além disso, vários estudos demonstraram que o paciente deprimido apresenta níveis mais elevados de cortisol, o hormônio do estresse. Em excesso, ele também machuca os tubos sanguíneos. Buscar um psicólogo ou um psiquiatra é essencial para fazer uma análise aprofundada da situação, assim, a psicoterapia, prescrição de antidepressivos e a própria atividade física ajudam a resgatar o bem-estar.

Você também pode procurar grupos de apoio, conversar com amigos que também possuem essa condição e fazer coisas que lhe agradem. Na medida do possível, fique próximo daqueles familiares e amigos que o fazem se sentir bem.

 

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