Quando o assunto é saúde do coração, muitos mitos e verdades circulam nas redes sociais ou até mesmo em conversas de café. Muitas delas são equivocadas e podem colocar a saúde do seu coração em risco. Assim, é preciso saber as informações corretas, tanto para a orientação como para prevenção.
Será mesmo que fatores emocionais também influenciam no surgimento de doenças do coração? E aqueles que praticam atividades com regularidade? Estão isentos de doenças? É verdade que os homens enfartam mais que as mulheres?
Para desmistificar e esclarecer dúvidas que cercam o órgão mais vital do corpo humano, preparamos este artigo.
Vamos lá?
Apenas obesos têm problemas no coração
Mito. Muitas pessoas acreditam que apenas obesos têm problemas no coração. Na verdade, a obesidade faz com que as pessoas desenvolvam muitos problemas de saúde, tais como como hipertensão, diabetes e elevados níveis de colesterol que favorecem o aparecimento de doenças cardiovasculares, mas não necessariamente um obeso irá ter problemas de coração.
Homens enfartam mais que as mulheres
Um grande mito. De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade entre as mulheres e, além disso, elas também têm 50% de probabilidade de infarto maior comparado aos homens.
Isso ocorre por vários fatores. Um deles, é pelo calibre das artérias das mulheres, onde as placas ateromatosas tendem a fechar mais, fazendo com que a obstrução seja mais grave, tornando mais propícias a oclusões arteriais.
Além disso, após a menopausa, há um aumento significativo das doenças coronarianas, onde a mulher perde a proteção cardiovascular, antes protegida pelos hormônios.
As emoções também influenciam no surgimento de doenças
Verdade. Alguns fatores como raiva, estresse, ansiedade, tristeza e solidão – que podem levar à depressão – são fatores de risco que influenciam no surgimento de doenças cardiovasculares.
Estudos comprovam que as emoções estão cada vez mais associadas aos problemas do coração. Ele pode ser identificado quando há sensações de medo, desconforto, preocupação, irritação, frustração, indignação ou nervosismo. Como consequência, as pessoas podem apresentar ritmo cardíaco acelerado, arritmia, tremores, tontura, suor excessivo e respiração acelerada.
Todos que praticam exercícios regularmente estão livres de doenças do coração
Mito. Na verdade, os exercícios físicos têm a função de proteger o coração, por liberar uma substância que relaxa a parede dos vasos sanguíneos, favorecendo assim a saúde do órgão. Assim, aqueles que praticam exercícios físicos regularmente e levam uma vida vida saudável, com a alimentação balanceada, possuem menores chances de desenvolver doenças coronárias, mas esses fatores não impedem que possam ter problemas cardíacos.
Alguns alimentos realmente beneficiam o coração
Verdade. Os alimentos livres de gorduras ruins e ricos em substâncias antioxidantes beneficiam o coração e ajudam a mantê-lo protegido. As castanhas, por exemplo, são ricas em gorduras boas e contém substâncias antioxidantes e antiinflamatórias que ajudam a estimular a dilatação dos vasos sanguíneos e, com isso, ajudam a diminuir o colesterol ruim, o risco de câncer, aterosclerose e outras doenças cardiovasculares.
Confira aqui alguns dos alimentos que beneficiam o coração
Se não sinto dor no peito irradiada para os braços, não corro risco de enfarte
Mito. Nem sempre o sinal vem do coração. Muitas pessoas ainda acreditam que o único sintoma de infarto é dor no peito, que irradia para os braços com sensação de formigamento, mas não. Nem todos que sofrem de infarto possuem os mesmos sintomas ou a mesma intensidade deles, já que muitos deles são silenciosos. Por esse motivo é tão necessário consultar o Médico Cardiologista com regularidade.
Jovens também enfartam
Verdade. Sempre associamos a terceira idade com aquela que mais sofre com o infarto, mas sim, os jovens também podem sofrer. Hoje, os fatores de risco estão cada vez mais presentes pelo estilo de vida. Alguns deles são o estresse, o sedentarismo, a má alimentação e o uso abusivo de álcool, favorecendo assim o aparecimento das cardiopatias.
O cigarro não causa problemas no coração, já que é comum ter pessoas que fumam e passam dos 90 anos
Você já deve ter ouvido falar ou tem alguém na família que fuma desde jovem e não tem problemas cardíacos, mas, na realidade, é um mito. Há milhares de pesquisas que comprovam que sim, o cigarro é um dos maiores causadores de progressão da aterosclerose e não somente nas artérias do coração, mas também no cérebro.
É uma questão estatística. Há maior probabilidade em pessoas que fumam, mas muitas pessoas podem não desenvolver apesar de fumar a vida toda. Mas, é necessário constatar que a qualidade de vida daqueles que fumam é comprometida considerando as insuficiências pulmonares e a má circulação nas pernas, por exemplo.
Café causa problemas ao coração
Mito. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a cafeína pode ser consumida, desde que seja de forma moderada. O café possui importantes propriedades antioxidantes capazes de preservar os vasos sanguíneos, inibindo a ação nociva de radicais livres às paredes das artérias.
Além disso, pesquisas realizadas nos Estados Unidos (Framingham Study) mostraram não haver relações entre o consumo de café e doenças do coração ou das coronárias, tais como angina do peito e infarto do miocárdio.
O estresse é um grande vilão
Sim, é verdade. O estresse é um grande vilão para o coração. Na realidade, tanto o estresse como o desespero podem afetar negativamente a saúde do coração. Conhecida como miocardiopatia de takotsubo, também conhecida como miocardiopatia do estresse, é um tipo de miocardiopatia não isquêmica onde ocorre o enfraquecimento repentino e temporário do miocárdio, que causam sintomas como o ataque cardíaco, por exemplo.
Uma pessoa que sofre parada cardíaca certamente vai morrer
Mito. Nem sempre que uma pessoa sofre parada cardíaca irá morrer. Quando é a reanimação cardiopulmonar é realizada imediatamente, a parada pode ser contida. Sendo assim, irá depender do tempo entre o pedido de socorro e a desfibrilação, onde as chances de recuperação aumentam significativamente.
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