| Blog da CCR med

Infarto: fique atento aos sintomas e veja as atitudes que ajudam na prevenção
Infarto: fique atento aos sintomas e veja as atitudes que ajudam na prevenção

O infarto, geralmente, está associado a uma dor forte no peito. Este, pode ser o sintoma mais comum, mas não é o único. As doenças cardiovasculares são as doenças que mais matam no Brasil e em todo o mundo. Só no Brasil, são quase 400 mil mortes por ano, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Dessa forma, é preciso estar informado. Afinal, quais são os sintomas de infarto menos conhecidos? Além disso, os sintomas podem acontecer de formas diferentes em mulheres e idosos. Há muitos sinais e curiosidades acerca do tema que iremos esclarecer aqui: o que é o infarto e como ele acontece, quais são os diferentes tipos, os fatores de risco e como prevenir para manter o coração protegido. 

Acompanhe a leitura para entender melhor sobre o assunto e quais são as atitudes que ajudam na prevenção.

O que é o infarto e como ele acontece?

Infarto do miocárdio é a necrose (morte) de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência da irrigação sanguínea que leva nutrientes e oxigênio ao coração. Acontece da seguinte forma: o coração, assim como os demais órgãos do corpo, precisa de sangue arterial, rico em oxigênio, para funcionar normalmente. A interrupção do fornecimento de sangue acontece quando há obstrução em uma das artérias que nutre os músculos cardíacos, ocorrendo assim o infarto.

Existem 5 diferentes tipos de infarto do miocárdio

Infartos podem acontecer em qualquer parte do corpo, mas, quando afeta o músculo cardíaco, é chamado de infarto do miocárdio, ou infarto agudo do miocárdio, quando ocorre de forma súbita. De acordo com a quarta definição universal de IAM (Infarto Agudo do Miocárdio), existem cinco diferentes causas para infarto do miocárdio.

  • Tipo 1: o mais comum, decorrente de instabilização de uma placa aterosclerótica na coronária.
  • Tipo 2: quando há um prejuízo na irrigação do miocárdio em decorrência de alguma condição grave, por exemplo: pressão muito alta ou muito baixa, anemia profunda ou após cirurgias em outras partes do corpo.
  •  Tipo 3: é o que cursa para morte súbita, porque a necrose atinge uma área extensa rapidamente, ou gera uma arritmia grave. É também chamado “infarto fulminante”. 
  • Tipo 4: é o que ocorre após uma angioplastia. Tanto pode ocorrer como consequência imediata do procedimento (IAM tipo 4a) como após o procedimento devido à trombose do stent (tipo 4b). Por fim, há o tipo 4c que é o ligado à reestenose intrastent.
  • Tipo 5: é o que ocorre após uma cirurgia de revascularização do miocárdio.

O que é um infarto fulminante?

O termo “infarto fulminante” é bastante utilizado. Porém, o termo transmite uma ideia errada de que a pessoa está realizando uma atividade qualquer e, repentinamente, morre. Geralmente, os Médicos Cardiologistas dizem que houve morte súbita, sendo esse o conceito que engloba a morte em até um dia. Ou seja: tanto o caso de uma pessoa que morre no momento em que o infarto acontece quanto o daquela que morre até 24 horas depois são considerados mortes súbitas”.

Além disso, o termo morte súbita pode também se referir à morte não precedida de sintomas, sendo o infarto a principal causa. Outras cardiopatias e doenças neurológicas também podem ser causa de morte súbita, mas com menor frequência. Dessa forma, se o indivíduo sofrer um infarto na rua e sofrer uma parada cardíaca, por exemplo, e houver um socorrista ou alguém que inicie a massagem de reanimação, é possível recuperá-lo.

Qual a diferença entre infarto e ataque cardíaco?

Muita pessoas costumam achar que infarto e ataque cardíaco são a mesma coisa, mas não. Várias complicações além do infarto podem resultar em um ataque cardíaco, inclusive a parada cardíaca, geralmente provocada por uma arritmia, disfunção elétrica que faz o coração bater de forma desregulada e tem diversas causas. O infarto nem sempre leva imediatamente a uma parada cardíaca, mas, em alguns casos, pode provocar uma arritmia maligna onde o coração pode parar de bater.

Fatores de risco

  • Hipertensão: a pressão alta agride a parede das artérias e pode dilatar o coração, fazendo com que ele tenha que trabalhar mais. A hipertensão pode ser causada por fatores genéticos e também por consumo excessivo de sódio presente no sal de cozinha e nos alimentos industrializados).
  • Diabetes: o diabetes aumenta o risco de ruptura das placas e formação de coágulos que podem resultar em infarto ou derrame.
  • Dieta inadequada: além do colesterol, um grande vilão, há outros fatores ligados à alimentação que interferem no risco cardiovascular, como a gordura trans (que diminui o HDL, fazendo o LDL se elevar), o excesso de açúcar e carboidratos, alimentos que levam ao acúmulo de gordura abdominal.
  • Obesidade: a obesidade contribui para que o coração tenha que se esforçar mais para funcionar. Além de elevar o risco de outras condições associadas à doença coronariana, o tecido adiposo contribui para a produção de substâncias inflamatórias.
  • Estresse: a descarga de adrenalina resultante de uma situação de estresse agudo pode fazer as artérias se contraírem, o que prejudica o coração e pode levar ao infarto.
  • Sedentarismo: ter um bom condicionamento físico, ou seja, a prática de exercícios permite que o coração trabalhe com menor esforço, reduzindo o risco de hipertensão, obesidade, colesterol alto, estresse e hiperglicemia, todos fatores de risco cardiovascular.
  • Tabagismo: as substâncias tóxicas contidas no tabaco agravam a aterosclerose, fazem as artérias se contraírem e endurecerem, além de exigir maior esforço do coração.
  • Idade: a incidência em homens costuma ser a partir de 45 anos. Já em mulheres, após os 55 anos (a menopausa aumenta o risco cardiovascular). No entanto, a exposição mais precoce aos fatores de risco pode levar pessoas de 20 a 40 anos a ter infarto.
  • Anticoncepcional: associado a outros fatores de risco, como o tabagismo, pode aumentar consideravelmente o risco de infarto e trombose. 
  • Drogas ilícitas: substâncias como a cocaína podem provocar infartos, inclusive em jovens, já que geram aumento da pressão e enrijecimento das artérias. 
  • Abuso de álcool: em excesso, o consumo de bebida alcoólica também é altamente prejudicial ao sistema cardiovascular.

Principais sintomas do infarto

Quando a obstrução afeta um pequeno ramo da coronária, atingindo uma área pequena e periférica do músculo cardíaco, o infarto pode ser assintomático (ou silencioso). O mais comum, porém, é que a pessoa tenha uma combinação de sintomas, que surgem de repente. 

O primeiro costuma ser a dor aguda no peito que perdura por mais de 20 minutos e pode se irradiar para pescoço, mandíbula, costas, braço ou ombro esquerdo, ansiedade e agitação. Além disso, também pode se manifestar como queimação, sensação de peso ou aperto no peito e formigamento no braço).

Fique atento: cerca de um terço das pessoas não sente a dor típica do infarto. Dessa forma, mulheres, idosos, diabéticos ou pessoas com insuficiência cardíaca podem não ter essa manifestação e podem confundi-la com dor de estômago, azia ou dor nas costas.

Fique atento aos sintomas menos conhecidos: o ataque cardíaco nem sempre causa dor e aperto no peito

Fique atento aos sintomas menos conhecidos: o ataque cardíaco nem sempre causa dor e aperto no peito 

Muitas pessoas tendem a não se preocupar tanto quando sentem alguns desconfortos como azia, náusea, tosse seca, suor frio, mas estes também são alguns dos sintomas. Falta de ar, cansaço, azia e dor na mandíbula estão entre os sintomas menos conhecidos.

Geralmente, dias antes de um infarto, o indivíduo também pode sentir uma imensa sensação de fraqueza. Ela, muitas vezes, passa despercebida, como um profundo cansaço.

Vale lembrar que a dor na região torácica pode também irradiar para outros locais do corpo como ombros, costas, braço e o pescoço, por exemplo, que ocorrem independente de estar movimentando o corpo ou não. Confira outros sintomas:

Desmaio

Este pode ser um dos primeiros sinais de problemas cardíacos. Junto da falta de ar e do suor repentino, ocorre a falta oxigenação no cérebro e, consequentemente, o desmaio, sendo um dos sintomas pouco conhecidos do infarto que merece atenção. 

Náusea, indigestão ou dor abdominal

Muitas vezes, a náusea, a indigestão e a dor abdominal são vistas como um simples desconforto digestivo, mas é preciso estar atento. Se esse incômodo for constante, a melhor forma de entender é com o diagnóstico fornecido pelo Médico Cardiologista. 

Tontura

A baixa oxigenação no cérebro ocasiona o batimento irregular do coração, provocando assim a tontura. Semanas antes do infarto, o corpo também pode começar a apresentar esse sinal.

Palpitações

Junto das crises de tosse ocorrem as palpitações. A arritmia provoca a sensação de que o coração está batendo rápido demais. Se as palpitações estiverem sendo constantes, é muito importante, antes de tudo, consultar um Médico Cardiologista para verificar se pode ser um sinal ou se está relacionado a outros problemas de saúde. 

Como prevenir o infarto

O controle da pressão arterial, do nível de colesterol e açúcar no sangue, o combate ao tabagismo e ao sedentarismo são os pilares da prevenção da doença coronária e, consequentemente, do infarto do miocárdio. 

Seguir uma dieta equilibrada que contemple frutas, verduras, legumes e carboidratos bons sempre será a melhor opção, pois isso reflete no colesterol. Além disso, é necessário também aprender a gerenciar o estresse, praticar exercícios físicos, evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, dormir bem e cultivar o lazer também são medidas importantes. Afinal, atividades prazerosas liberam a endorfina e equilibram o organismo.

Confira aqui 10 alimentos amigos do coração para incluir em sua rotina.

Mantenha os exames em dia: a detecção precoce é a melhor forma manter seu coração protegido

Mantenha os exames em dia: a detecção precoce é a melhor forma manter seu coração protegido

Realizar exames de rotina é indispensável para prevenir e manter seu coração protegido, especialmente se o indivíduo obter um ou mais fatores de risco para doença coronariana.

Dessa forma, é necessário estar em dia com os exames de sangue para verificar como estão os níveis de colesterol, triglicérides, glicose, entre outros e também com os exames do coração. Alguns deles são o Eletrocardiograma, Ecocardiograma de estresse físico ou esforço, Holter, M.A.P.A de 24h, Doppler e Prova de Função Pulmonar realizados pelo Médico Cardiologista.

Se você tem ou está sentindo dor no peito com frequência, consulte um Médico Cardiologista. Não deixe para depois. Cuide da sua saúde!

As informações foram úteis para você? Compartilhe e leve essas informações para mais gente. Nosso objetivo é compartilhar conhecimento para seu melhor viver e para a saúde do seu coração. Confira outras dicas em nosso blog.

CONTEÚDOS RELACIONADOS