Palpitações e coração disparado. Ou, então, coração batendo em uma forma mais lenta. A arritmia cardíaca é marcada pela falta de ritmo dos batimentos do coração. Este compasso irregular dos batimentos pode vir acompanhado de sintomas como sensação de fraqueza, tontura, mal estar, falta de ar, dor no peito, palidez ou suor frio.
A arritmia cardíaca é uma condição que pode afetar pessoas aparentemente saudáveis, homens e mulheres, e em qualquer idade. Por isso, é fundamental perceber os sinais do corpo – tanto em situação de repouso como durante a realização de atividades – para notar alguma falha no ritmo do coração.
Para alertar sobre a arritmia cardíaca, seus sintomas e quais exames são capazes de detectá-la, preparamos este artigo. Acompanhe a leitura e cuide do seu coração para não bater em desalinho.
O que é arritmia cardíaca
Vamos começar explicando como a arritmia cardíaca, geralmente, é causada. Nosso coração tem a capacidade e a função de bombear o sangue pelo corpo sem a necessidade de um esforço maior do que o necessário para realizar sua atividade.
Para isso, o órgão possui um sistema elétrico que possibilita que as contrações que impulsionam o sangue sejam realizadas de forma ordenada. Assim, qualquer mudança no andamento dessas contrações pode resultar em uma arritmia.
Então, as arritmias são causadas, em geral, por alterações ou danos no funcionamento do sistema elétrico de condução do coração.
Tipos de arritmia cardíaca
Agora, é importante saber que há, basicamente, dois tipos de arritmia cardíaca e que a alteração no ritmo do coração pode ser benigna ou não.
Em um estado normal, o coração bate de 50 a 90 bpm (batimentos por minuto). Assim, a arritmia pode ser apresentar de duas formas.
Veja só:
- Taquicardia – é a arritmia na qual o ritmo do coração fica mais acelerado e bate mais rápido que o normal, ou seja, acima de 100 bpm em repouso.
- Bradicardia – neste caso, o coração passa a bater de forma mais lenta, ou seja, abaixo de 50 bpm.
Além disso, a arritmia cardíaca pode ser considerada benigna ou maligna. A arritmia benigna se dá quando a falta de ritmo não afeta o desempenho das funções do coração e não apresenta risco de morte. Este é o caso de cerca de 30% dos casos de arritmia.
Pessoas com coração sadio, quando praticam um esforço físico ou têm algum estresse emocional, podem ter o ritmo cardíaco alterado para até 200 ou mais pulsações. No entanto, quando voltam ao repouso, o coração também se restabelece na sequência.
Já a arritmia maligna trata-se da ausência de ritmo que gera sintomas que podem comprometer a realização de ações do dia a dia da pessoa e oferecem risco de óbito ou sérias sequelas. Aqui, a arritmia pode desencadear outros males ao coração, como a parada cardíaca.
Ainda dentro da arritmia cardíaca maligna, há um tipo capaz de provocar o AVC, conhecida como fibrilação atrial, com prevalência maior em pessoas com mais de 60 anos.
Nesta situação, tanto a frequência como a regularidade do ritmo cardíaco são afetados e, no Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas sejam afetadas por esta forma de arritmia cardíaca.
Arritmia cardíaca e morte súbita
A arritmia cardíaca maligna, como citamos, pode levar a quadros graves e até a morte. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), mais de 20 milhões de brasileiros sofrem algum tipo de arritmia cardíaca, doença responsável por mais de 320 mil mortes súbitas todos os anos no país.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis, todos os anos, pelo adoecimento de mais de 17 milhões de pessoas em todo mundo.
E, assim como a maioria das doenças do coração, a arritmia cardíaca pode ser detectada de forma precoce, por meio de exames específicos, e pode ser prevenida e tratada por meio de mudanças no estilo de vida e com o acompanhamento de um Médico Cardiologista.
Portanto, ficar atento aos sinais do corpo é fundamental para prevenção e cuidado com o ritmo do coração.
Quais os sintomas de arritmia?
- Incômodo ou dor no peito
- Batimentos mais acelerados
- Batimentos mais lentos
- Falta de ar
- Tontura
- Desmaio
- Palidez
- Suor frio
- Sensação de nó na garganta
- Cansaço
- Sensação de fraqueza
- Tontura ou desmaio
- Mal-estar
- Ansiedade
Quais pessoas têm maior risco de ter arritmia cardíaca?
Como citado logo no início deste artigo, a arritmia cardíaca pode afetar pessoas em qualquer idade e sem causa aparente. A falta de ritmo do coração está associada também ao envelhecimento natural das pessoas.
Mas, há, no entanto, alguns fatores e hábitos que podem aumentar a probabilidade de desenvolver arritmia cardíaca. Entre eles, estão:
- doenças cardiovasculares como aterosclerose, infarto ou insuficiência cardíaca;
- cirurgia cardíaca anterior;
- pressão alta;
- problemas na tireoide (como hipertireoidismo);
- predisposição genética;
- diabetes;
- obesidade;
- apneia do sono;
- alterações no sangue, como concentração de potássio, sódio, magnésio e cálcio;
- uso de certos medicamentos;
- doença de chagas;
- anemia;
- tabagismo;
- consumo excessivo de café;
- consumo excessivo de álcool ou drogas.
Como prevenir a arritmia cardíaca?
A prevenção é o melhor caminho para manter o coração no ritmo apropriado. Observar os sinais do corpo e manter um estilo de vida saudável são ações de cuidado com a saúde cardiovascular.
Dessa maneira, para prevenir a arritmia cardíaca, é importante:
- manter a pressão arterial sob controle;
- manter uma alimentação saudável;
- realizar com regularidade atividades físicas;
- deixar de fumar;
- fazer check-up de rotina com Médico Cardiologista.
Quais exames podem diagnosticar a arritmia?
Por fim, junto do acompanhamento médico, para a prevenção da arritmia cardíaca, alguns exames são fundamentais para diagnosticá-la e confirmá-la. Os principais exames do coração para checar o ritmo do coração são:
- eletrocardiograma;
- ecocardiografia;
- ressonância magnética cardíaca;
- teste ergométrico;
- exames laboratoriais como hemograma;
- exames de tireóide.
Ao sinal de qualquer suspeita de arritmia cardíaca, não hesite em procurar por atendimento médico. Para estar sempre com o ritmo do coração em dia, faça acompanhamento regular com seu Médico Cardiologista.
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