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Como lidar com o estresse do dia a dia e cuidar da saúde do seu coração?

O estresse pode aparecer em situações que demandam um grande esforço emocional, colocando o corpo e a mente em estado de alerta. O estresse pode ser uma resposta a um gatilho e também um novo gatilho que altera o funcionamento de todo o organismo. Desse modo, as pressões do dia a dia, as demandas e exigências da vida moderna podem desencadear situações estressantes que reverberam em alterações físicas e psicológicas nas pessoas. 

O coração, por sua vez, não fica imune ao estresse e pode ser afetado pelas descargas emocionais e mentais sentidas no corpo. Desse modo, o estresse pode ser considerado um fator de risco para doenças cardiovasculares, deixando o coração desprotegido. Outra questão que envolve o estresse e que afeta a saúde como um todo é sua capacidade de acelerar o envelhecimento do sistema imunológico, fazendo com que o organismo fique ainda mais vulnerável. 

 

Para entender como funciona essa relação entre estresse, sistema cardiovascular e sistema imunológico, preparamos este artigo. Acompanhe a leitura e veja como cuidar da saúde do seu coração. 

 

Como o estresse pode provocar o envelhecimento do sistema imunológico?

 

Para começar, vamos compreender como o estresse pode acelerar o envelhecimento do sistema imunológico que, naturalmente, com o passar dos anos, vai perdendo força. A Universidade da Califórnia e a Universidade do Sul da Califórnia analisaram dados do Health and Retirement Study (HRS), um estudo feito nos Estados Unidos com adultos acima dos 50 anos. 

 

Os participantes responderam sobre diferentes momentos de estresse que vivenciaram ao longo da vida, como por exemplo, perda de emprego, discriminação, estresse crônico, além de grandes traumas como morte e doença na família.

 

Na pesquisa, além dos questionamentos, foram coletadas amostras de sangue dos pacientes e analisadas a porcentagem de diferentes tipos de células imunes presentes, incluindo os glóbulos brancos, que desempenham papel importante no combate aos vírus, bactérias, etc. 

 

Bem, após analisar os dados de 5.744 desses participantes, foi possível identificar que as pessoas que vivenciaram mais estresse tinham uma proporção menor de células T novas (as células de enfrentamento de novos invasores, aqueles desconhecidos até então para o sistema imunológico). 

 

No entanto, essas mesmas pessoas apresentaram também uma proporção maior de células T já especializadas, ou seja, de células mais velhas, com a capacidade já esgotada de combater invasores. Elas, então, acabam por produzir proteínas que podem aumentar situações de inflamação prejudicial. 

 

Com isso, o estudo indica que as pessoas com essas proporções de células T novas e antigas podem ter um sistema imunológico mais envelhecido. E, diante disso, o organismo pode ficar mais exposto e vulnerável às doenças.  

 

Estresse, organismo debilitado e o coração: qual a relação?  

 

Vamos agora falar sobre a relação entre estresse, um sistema imunológico mais fraco e a saúde do coração. Os três estão conectados e é fundamental compreender que os fatores comportamentais têm ligação direta com as doenças cardiovasculares.   

 

Desse modo, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. E, ainda segundo a OPAS, a maioria dessas doenças pode ser prevenida no cuidado com os fatores comportamentais de risco, como é o caso do estresse. 

 

Como vimos acima, o estresse afeta o sistema imunológico, enfraquece a pessoa, e está relacionado com o aparecimento de resfriados, atraso na cicatrização de feridas e no surgimento de doenças mais graves, como as doenças do coração.

 

Mas como o estresse pode contribuir no aparecimento de doenças cardiovasculares? 

 

Nas situações de estresse, há descarga de adrenalina no organismo. A descarga de hormônios pode levar a uma aceleração dos batimentos cardíacos. 

 

A alteração dos batimentos cardíacos é uma das muitas respostas a uma série de alterações sentidas pelo organismo diante de uma emoção muito grande, de um medo, de um estado de alerta, de fuga e de combate, conhecida como reação fight or flight

 

O corpo sente e o coração acelera. Esta aceleração dos batimentos cardíacos pode causar o aumento da pressão que, por sua vez, pode elevar as chances de um infarto ou AVC.

 

No caso de pessoas com outros fatores de risco para as doenças cardiovasculares e dos idosos, o efeito dos hormônios do estresse no coração pode levar ainda a arritmia ou parada cardíaca. 

Como cuidar da saúde física e emocional e proteger o coração? 

 

Para a proteção do coração é importante optar por algumas atitudes que podem aliviar os efeitos do estresse. Por isso, a recomendação é incluir na rotina hábitos saudáveis capazes de reduzir a carga e as exigências do modo de vida moderno e de gerar bem-estar, tranquilidade e equilíbrio físico emocional.

 

Neste sentido, as orientações são: 

 

 

Bom humor como amigo da saúde do coração

 

Por fim, para afastar o estresse e proteger a saúde do coração, a dica é sorrir. E há explicação para isso: o ato de rir libera serotonina e endorfina, substâncias responsáveis por gerar sensação de bem-estar, prazer e alegria, diminuindo, assim, os riscos de ansiedade e estresse. 

 

Além disso, dar risada ajuda ainda no bom funcionamento do sistema cardíaco, pois aumenta o fluxo sanguíneo, auxiliando no controle da pressão arterial e protegendo o coração do mal súbito e de outras doenças. 

 

Então, para viver com menos estresse e mais qualidade de vida, mantenha corpo e mente em estado de alegria, certo?

 

Para cuidar do coração, você sabe que pode contar com o time de Médicos Cardiologistas da CCR Med. Entre em contato e agende sua consulta.

 

Até o próximo! 

 

Fontes:

 

Superinteressante

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